Possíveis problemas com altitude
- À medida que se sobe, perde temperatura (em qualquer lugar do planeta), perde-se 1 grau a cada 153 metros;
- Enquanto maior a altitude, menor é a pressão atmosférica, e mais rarefeito é o ar que respiramos;
- Aumenta a intensidade dos raios solares (que pode provocar graves queimaduras);
- Conseqüências:
- Aumento da freqüência respiratória;
- A freqüência cardíaca acelera;
- Aumento da concentração de glóbulos vermelhos no sangue à Eles levam oxigênio para os músculos
- Sintomas:
- Respiração curta;
- Dores de cabeça;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Tonturas;
- Insônia;
- Perda de apetite.
- 15% das pessoas vão sentir os efeitos a 2.000 msnm;
- 60% das pessoas vão sentir os efeitos a 4.000 msnm;
- Sexo e idade não são determinantes;
- Quem está bem condicionado fisicamente lida melhor com a situação mas não garantem totalmente que se livrem do problema;
- As soluções mais seguras são:
- A aspirina e a cafeína;
- Chá de coca – muito usado pelos povos andinos.
Efeitos das grandes altitudes
Escrito por Viagem de Moto.
Quem
viaja de moto para países sul americanos e precisa atravessar a
Cordilheira dos Andes, deve estar ciente de um problema pelo qual todos
passam, o mal da altitude. O mal da altitude nada mais é que a
dificuldade do organismo em absorver oxigênio para suprir as
necessidades a que estamos impondo, o que acaba por causar uma série de
efeitos. Em alguns casos, perigosos. Afinal, a altitude é um perigo?
1. Qual é a diferença entre as condições encontradas nessas cidades?
Quanto
maior é a altitude, menor é a pressão atmosférica e mais rarefeito é o
ar que respiramos. Também há uma redução na temperatura, que cai em
média 6,5 graus a cada 1.000 metros de altura. Por fim, há um aumento na
intensidade dos raios solares (que, aliás, podem provocar graves
queimaduras). Com o ar rarefeito, somado ao incômodo provocado pelas
condições climáticas mais duras, o funcionamento do organismo muda, e
podem ocorrer efeitos desconfortáveis.
2. O que acontece quando alguém sai do nível do mar e sobe demais?
Quem
vive em cidades ao nível do mar ou em localidades relativamente baixas
não está acostumado às condições atmosféricas das grandes altitudes –
portanto, o organismo sente o impacto da mudança e precisa de tempo para
se adaptar. O corpo responde da seguinte maneira: a freqüência
respiratória aumenta, a freqüência cardíaca se acelera e a concentração
de glóbulos vermelhos, que transportam o oxigênio para os músculos,
aumenta no sangue. Nesse período de adaptação, os sintomas mais comuns
são respiração curta, dores de cabeça, náusea, vômitos, tontura, insônia
(em dois terços dos casos) e perda de apetite (em um terço das
pessoas).
3. Todas as pessoas sentem os sintomas negativos da altitude maior?
Não.
É impossível prever se alguém sofrerá com os sintomas ou terá uma
adaptação tranquila. Calcula-se que os sintomas negativos sejam sentidos
por cerca de 15% das pessoas a 2.000 metros de altura. O índice sobe
para 60% quando se chega a 4.000 metros. A mais de 5.000, todas as
pessoas sentem algum tipo de efeito negativo. Qualquer pessoa está
sujeita ao problema – fatores como idade ou sexo não são determinantes. A
característica que mais pesa na definição de quem sofre ou não com os
efeitos da altitude é a condição física. Geralmente, quem está bem
condicionado lida melhor com a situação. O bom preparo e o fôlego em
dia, porém, não garantem totalmente que uma pessoa ficará livre dos
sintomas.
4. O que é possível fazer para amenizar (ou eliminar) esses sintomas?
O
melhor é subir aos poucos, ou seja, viajar a alturas sucessivamente
maiores e dar tempo suficiente para a adaptação. Quanto mais rápida é a
chegada e mais alto é o destino, piores são os sintomas. Assim, uma
pessoa que vive ao nível do mar e resolve visitar La Paz, a mais de
3.600 metros, pode evitar problemas gastando alguns dias numa altura
intermediária, a pouco mais de 2.000 metros. Quem não tem tempo para
fazer a adaptação deve tentar chegar ao destino com uma boa condição
física – recomenda-se caminhar ou correr nas semanas que antecedem a
viagem.
5. Que tipo de substância é possível ingerir para evitar os problemas?
Alguns
médicos prescrevem medicamentos para combater os efeitos da altitude. O
Diamox (acetazolamida), que ajuda a metabolizar mais oxigênio, é um
deles – o consumo deve começar 24 horas antes da chegada ao destino,
duas ou três vezes ao dia. Outras opções são a dexametasona, um
esteróide, e o gingko biloba, um fitoterápico. O uso dos remédios,
contudo, é polêmica. Muitos médicos não gostam de receitar essas
substâncias contra a altitude. Soluções mais seguras são a aspirina, a
cafeína e, nos países andinos, o chá de coca – todos são capazes de
amenizar os efeitos da altitude.
6. Quais são as cidades onde os sintomas podem ser mais sentidos?
Todas
as que são localizadas em grandes cadeias de montanhas ou em
altiplanos. Há localidades muito altas na Europa, América do Norte e
Ásia, em especial Nepal e Tibete. No continente sul-americano, as mais
altas cidades estão na Bolívia, no Peru, no Equador e na Colômbia. O
país de Evo Morales tem, além de La Paz, as cidades de Oruro, El Alto e
Potosí – essa última é conhecida como a cidade mais alta do planeta, a
mais de 4.100 metros. A peruana Cusco (3.400 metros), a equatoriana
Quito (2.800 metros) e a colombiana Bogotá (2.650 metros) são outras
cidades muito altas nos países vizinhos.
7. Existe risco de vida para uma pessoa que viaja às altitudes maiores?
Sim.
Nos casos de sintomas mais graves, pode surgir até um edema pulmonar
(fluidos nos pulmões) ou edema cerebral (inchaço do cérebro). Se o
visitante de uma cidade muito alta não cometeu excessos (na alimentação,
no consumo de bebidas alcoólicas e no excesso de atividade física) mas
ainda assim sofreu sintomas fortes demais, recomenda-se procurar um
médico. Os sintomas devem ser levados a sério: se não desaparecerem com o
tempo, precisam ser examinados.
8. Quem mora na altitude elevada pode passar mal ao descer ao mar?
Sem comentários:
Enviar um comentário